Uma casa pensada como galeria.
Em meio ao cenário natural de Itu, no interior de São Paulo, esta residência foi concebida para um artista plástico e sua família como uma obra que se revela em camadas. Implantada em um terreno de 3.000m², a casa se organiza a partir de blocos independentes, que ocultam os ambientes principais e convidam à descoberta gradual dos espaços, como quem percorre os corredores de uma galeria de arte onde a arquitetura é a própria exposição.
Desde o início, o desejo dos moradores era claro: criar uma casa que estivesse em íntima relação com a natureza, mas sem cair em obviedades. Com o terreno voltado para um lago, essa conexão foi potencializada pela disposição dos volumes, que alternam cheios e vazios, criando um jogo de revelações entre interior e exterior. Os jardins internos cumprem papel fundamental nesse gesto, costurando os percursos e diluindo os limites entre o construído e o natural.
A residência é térrea e conta com 650m² de área construída, distribuídos de maneira fluida e sensorial. Além do núcleo principal da casa, dois volumes independentes — o ateliê do artista e um espaço gourmet voltado ao convívio — foram posicionados de maneira estratégica ao longo do terreno, acessados por caminhos que ampliam a vivência da arquitetura e da paisagem.
Cada trajeto é uma experiência. Cada espaço, uma pausa.
Mais do que habitar, trata-se de contemplar.