Entre o silêncio das montanhas e o conforto da memória.
O projeto nasceu do desejo de transformar uma antiga casa de campo em um refúgio para o descanso da família. Localizada em uma ampla propriedade nas montanhas de Camanducaia, sul de Minas Gerais, a residência seria inicialmente reformada apenas como casa principal. Mas o cenário, uma paisagem arrebatadora cercada por vales e vegetação nativa, apontava para algo maior: um lugar de acolhimento, onde outras pessoas também pudessem viver momentos de pausa, contemplação e reconexão com a natureza.
Assim surgiu o desenho de um conjunto de chalés distribuídos na parte mais alta do terreno, com vistas privilegiadas para as montanhas. Foram desenvolvidas duas tipologias: uma com dois dormitórios, voltada para famílias, e outra mais compacta, com um dormitório, ideal para casais ou visitantes em busca de sossego.
A arquitetura valoriza a integração com o entorno. Pedra rústica e madeira natural estruturam os interiores, criando uma ambiência que dialoga com a paisagem e reforça o pertencimento ao lugar. Esses materiais, carregados de textura e ancestralidade, são equilibrados por elementos contemporâneos como estruturas metálicas em preto fosco e painéis de vidro canelado, um contraste intencional que confere elegância e sofisticação sem romper com o espírito local.
O mobiliário foi pensado como extensão da memória. Cada peça foi cuidadosamente escolhida em uma curadoria afetiva que mistura conforto, design atemporal e elementos antigos. O resultado são espaços que convidam a desacelerar, onde cada detalhe reforça a sensação de abrigo e beleza silenciosa.
Mais do que hospedagem, os chalés de Camanducaia oferecem um tempo outro. Um lugar onde o presente se alonga, o corpo descansa e o olhar encontra horizonte.